Embora usemos o termo “acidente”, a maioria dos problemas no trânsito são causados por fatores evitáveis: imprudência, desrespeito às normas de trânsito, pouca atenção, nervosismo ao dirigir e problemas mecânicos — isso para citar apenas alguns deles.
É impossível controlar todas essas variáveis em ambientes mais caóticos, como o tráfego das grandes cidades. Por isso, o melhor que você pode fazer é adotar dicas de segurança no trânsito para reduzir consideravelmente esses riscos.
Se você busca mais tranquilidade e proteção dirigindo um veículo, as suas ações fazem muita diferença. Neste artigo especial, veja as 14 dicas de trânsito para fazer a sua parte. Confira!
1. Respeite as leis
Não poderíamos começar esta lista de outra forma. Afinal, as leis de trânsito existem exatamente para criar um ambiente organizado e seguro, que beneficie motoristas e pedestres em um ecossistema que se mantém em movimento o tempo todo em nossas rotinas.
As multas, no fim das contas, são punições educativas para reforçar a importância de seguir regras e dicas de segurança no trânsito — mesmo que o condutor não veja a importância delas.
Imagine o tráfego em cidades e estradas, se essas leis não existissem. Elas vão muito além de limitar a velocidade e obrigar o uso de cinto de segurança: também determinam os sentidos de vias e conversões, as preferências e prioridades, os lugares adequados para estacionamento e os fluxos de passagem — além, claro, da relação entre diferentes tipos de veículos e pessoas a pé.
Portanto, respeitar as leis é a prática básica de condutores responsáveis, não apenas em relação à própria segurança como também à manutenção de um tráfego eficiente e organizado.
2. Respeite os limites de velocidade
É importante reforçar uma das leis que está entre as mais impactantes na hora de reduzir os riscos de acidente: o limite de velocidade. Não é à toa que todos os países do mundo limitam o quão rápido um veículo pode ir em determinadas vias. Afinal, essa é uma medida de segurança para que condutores dirijam de forma compatível àquela situação.
Muitas pessoas pensam que a velocidade é determinada apenas para reduzir os estragos em acidentes, mas não é só isso. O limite leva em consideração o tipo de tráfego, o movimento de pedestres e até a largura e quantidade de pistas.
Além de reduzir o impacto em caso de batida ou atropelamento, velocidades mais baixas significam um maior tempo de reação em caso de emergências e menos espaço necessário para frenagens e conversões.
3. Use o cinto de segurança
Outra lei fundamental a ser seguida para a sua proteção no trânsito é a que exige o uso do cinto de segurança. Dá para acreditar que até 30 ou 40 anos atrás, muitas pessoas não o usavam enquanto dirigiam? Felizmente, essa realidade mudou com educação e punição severa.
O cinto é fácil de usar e ajustável na maioria dos carros, para o conforto de condutores e passageiros. E, mesmo que fosse um pouco desconfortável, é um preço minúsculo a se pagar em relação ao risco de não utilizá-lo: segundo um estudo da Abramet, o cinto de segurança reduz o risco de morte em 45% no branco dianteiro e 75% no traseiro.
4. Mantenha a atenção no trânsito
Muitas das transgressões no trânsito — e boa parte dos acidentes — têm como causa a falta de atenção de quem está no comando do veículo. Em ambientes mais complexos, como áreas de grande movimento, basta um segundo de desatenção para que aconteça uma batida.
Existem dois fatores principais que causam esse tipo de situação: elementos distrativos e excesso de confiança. Entenda os riscos de cada um deles, a seguir.
Elementos distrativos
Nosso cérebro possui limitações importantes quando tenta focar em mais de uma coisa ao mesmo tempo. Geralmente, ou nossa mente automatiza uma das funções para focar na outra, ou deixa de ter foco exclusivo em ambas — abrindo brecha para erros simples que podem ter grandes consequências.
A prova disso é que mais da metade dos acidentes na faixa entre 20 e 39 anos é causada pelo uso de celular enquanto dirige. Nesses casos, o cérebro mantém automatizada a prática de dirigir, dando uma falsa sensação de controle. Porém, como a sua atenção primária não está no trânsito, você deixa de perceber detalhes e reduz a sua velocidade de reação em emergências.
Outros fatores também podem distrair a sua direção, mas em níveis diferentes — que variam de acordo com a pessoa. Você já percebeu que abaixa o volume do rádio quando vai estacionar ou está buscando um endereço específico? Isso é a prova de que, em alguns momentos, sua atenção é dispersa e você nem percebe.
Excesso de confiança
Outro grande fator de desatenção no trânsito é confiar demais em suas capacidades e no seu conhecimento espacial. Claro, a segurança na condução é importante, mas abre brechas para acidentes quando tida em excesso.
A maior prova disso vem de pesquisas como da PRF do Paraná, que aponta que grande parte dos acidentes ocorrem perto de casa ou em caminhos habituais. Nesses casos, o motorista se sente mais à vontade e para de prestar atenção dedicada ao trajeto. Ou seja: descuidos pequenos podem levar a grandes problemas.
5. Mantenha uma distância segura
Na dica sobre velocidade, falamos sobre como uma das intenções ao se criar esses limites é garantir que o motorista tenha tempo de reagir no caso de uma emergência. Outro fator determinante para evitar acidentes é manter sempre uma distância segura para o veículo da frente.
Qual é essa distância ideal? Não existe uma regra definida para isso. O que se sugere como boa prática é ter, pelo menos, a distância de um carro entre você e a traseira do outro veículo.
Mas é importante ter em mente que outros fatores podem influenciar na melhor proteção do seu carro e da vida dos passageiros. O principal deles é a própria velocidade. Quanto mais rápido está o veículo, maior é o espaço necessário para que a frenagem leve-o a parar por completo. Manobras mais bruscas, nessa situação, também são mais perigosas, pois você pode perder o controle da direção.
Mesmo que a regra de um carro de distância funcione bem na cidade, tenha ainda mais cautela em estradas e vias expressas. Mantenha uma distância em que você se sinta confortável para evitar colisões no caso de mudanças de direção ou frenagens bruscas.
6. Evite dirigir cansado
Você já deve ter ouvido falar sobre vários casos em que condutores dormem no volante, mas sabia que esse é o resultado extremo de um problema que não precisa chegar nesse ponto para provocar acidentes?
Muito antes de a pessoa estar exausta no nível de pegar no sono enquanto dirige, o cansaço já limita consideravelmente as funções cognitivas — como atenção, leitura de situações de trânsito e velocidade de reação.
É só pensar em como ficamos quando estamos cansados: corpo pesado, letargia, dificuldade de realizar tarefas que exigem precisão e capacidade reduzida de raciocínio. Ter todos esses sintomas enquanto dirige aumenta (e muito) o risco de acidentes.
Em caso de cansaço leve, tirar uns minutinhos para tomar um café e esticar o corpo pode ajudar. Mas se sentir efeitos mais presentes no seu corpo, é hora de encontrar um lugar para descansar ou contar com outra pessoa para dirigir por você.
7. Sinalize as suas intenções
Muitos acidentes ocorrem por desentendimento no trânsito: um carro que freia de repente, um veículo que tenta ultrapassar sem sinalizar, uma conversão feita em cima da hora etc. Por isso, além de prestar muita atenção no que os carros à sua volta estão fazendo (a chamada direção defensiva), é importante fazer a sua parte também.
Utilize as sinalizações veiculares como são recomendadas: acione as setas com antecedência e sempre para o lado certo, faça sinais de braço em caso de conversões lentas e entradas em garagens, e ligue o pisca-alerta quando houver uma redução considerável na velocidade, entre outras práticas que servem para dar clareza ao fluxo do trânsito.
8. Faça a manutenção regular do veículo
Problemas elétricos também podem ser causadores de acidentes. Alguns exemplos são:
- pneus carecas ou murchos;
- setas, faróis e lanternas queimados;
- superaquecimento do motor;
- baixa visibilidade por causa de sujeira no para-brisas;
- retrovisores quebrados ou mal ajustados.
Além de provocar situações adversas que levem a colisões, a natureza do defeito tem potencial de agravar o impacto, colocando todos os envolvidos em risco.
A melhor prática, nesse sentido, é seguir o calendário de revisão determinado pela fabricante. Além disso, atente-se para os prazos de manutenções básicas, como troca de óleo, calibragem dos pneus etc.
9. Mantenha a calma e paciência
As brigas de trânsito são um problema comum no Brasil, podendo levar a desentendimentos desnecessários. Mesmo quando não há conflito direto entre os condutores, o estresse e a ansiedade em relação aos outros veículos — e até às situações fora do carro — podem levar a acidentes.
Quando estamos nervosos, tendemos a dirigir de maneira mais agressiva. Isso é ainda pior quando estamos atrasados para algum compromisso. Basta um descuido ou uma tentativa de ganhar alguns segundos, para você perder horas esperando um guincho. Por isso, tente sempre sair com tempo de sobra. Se o compromisso é importante, saia ainda mais cedo, pensando em evitar eventuais congestionamentos.
E se algo atrapalhou seu dia, não adianta descontar na buzina ou no carro da frente. Calma e paciência não só evitam colisões, como contribuem para a sua saúde mental.
10. Adapte a sua direção às variações no clima
Distância, velocidade, paciência, tempo de reação — tudo isso varia na rotina de quem dirige, dependendo das condições da pista e de visibilidade.
Existem alguns cenários que exigem atenção redobrada:
- chuvas fortes;
- primeira chuva depois da estiagem (quando o óleo acumulado deixa o piso escorregadio);
- poças d’água;
- neblina;
- noites sem iluminação externa;
- fumaça — como próximo a queimadas.
Em cenários assim, as condições de atenção, visibilidade e dirigibilidade são afetadas, o que exige posturas diferentes na hora de conduzir. Em caso de chuvas, por exemplo, dirigir em velocidade menor e com os faróis ligados — mesmo durante o dia — é fundamental.
11. Observe os pontos cegos
Todo carro tem pontos cegos: as colunas do chassi, uma posição errada de retrovisor, os passageiros bloqueando parcialmente a vista etc. Em alguns desses casos, o ponto cego é reversível. Por exemplo:
- o retrovisor deve ser ajustado para mostrar parte do carro e o máximo de cenário possível, para entender sua posição em relação a outros veículos;
- os passageiros também podem mudar de assento ou até abaixarem um pouco, para facilitar a visibilidade em determinadas situações.
Porém, os pontos cegos mais perigosos são aqueles permanentes, causados pela própria arquitetura do veículo. Por isso, crie o hábito de levá-los em conta na hora de fazer conversões e mudar de pista. Movimente o corpo e a cabeça para ter certeza de que nada está em seu caminho.
12. Esteja alerta a motociclistas e ciclistas
O maior problema em relação aos pontos cegos é não perceber ciclistas e motociclistas na hora de virar ou mudar de faixa. Afinal, eles utilizam muito esse corredor, o que acaba sendo uma fonte comum de acidentes.
Valem as dicas que já demos: sempre sinalize com clareza e antecedência na hora de mudar de direção, certifique-se de que não há nada em seus pontos cegos e nunca faça manobras bruscas quando não forem necessárias.
13. Respeite as faixas de pedestre
A cultura de parar na faixa de pedestres não é tão difundida no país, mas isso vem mudando com o tempo — você, inclusive, pode ser mais uma peça nesse esforço por mudança.
A faixa tem a função de indicar um local de travessia de vias onde os pedestres tenham a preferência. O ideal é que todos os carros parem quando qualquer pessoa demonstrar a intenção de atravessar.
O que pode parecer uma perda de tempo para muitos condutores é, na verdade, algo para facilitar o trânsito. Se todos a obedecerem, as cidades precisarão de menos semáforos — e serão menores os casos de pessoas andando na rua em local inadequado.
Respeitar a faixa de pedestre não é só questão de educação, mas um esforço coletivo para melhorar o trânsito para todos — até quem não está dirigindo.
14. Faça um seguro
Mesmo com todas essas dicas de trânsito seguro, acidentes ainda podem acontecer. Portanto, o ideal é que o condutor se preocupe também com a sua proteção quando a prevenção não for suficiente.
Nesses casos, contar com um seguro veicular é uma garantia de tranquilidade em momentos adversos. Além do suporte no local — com opções como guincho e carro reserva —, ele ainda pode cobrir danos ao veículo e custos hospitalares.
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Unir essas dicas de segurança no trânsito com a cobertura de um bom serviço de seguro veicular é ter tranquilidade completa na sua rotina. Assim, dirigir vira um prazer ainda maior!
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