Modelos de carros menos visados para roubo costumam passar despercebidos pelos ladrões, e isso não acontece por acaso. Eles reúnem características que não chamam atenção no radar do crime, seja pelo valor de revenda das peças, pela presença de rastreadores ou pela menor procura no mercado paralelo.
Mas não existe uma fórmula exata. Um carro que quase nunca é roubado em uma cidade pode ter índice alto em outra. Mesmo assim, escolher um modelo que costuma ficar fora da mira dos criminosos pode reduzir bastante as chances de dor de cabeça.
Além da sensação de tranquilidade, isso pode refletir no valor do seguro e até nas condições de venda.
Tem veículos que surpreendem por estarem nessa lista e outros que você talvez nem imaginasse. Acompanhe a leitura e veja quais são eles!
Por que alguns carros são menos visados que outros?
Enquanto alguns modelos vivem no radar dos criminosos, outros quase nunca entram na lista, e isso tem explicações bem claras.
Boa parte dessa escolha passa pela revenda de peças. Veículos com manutenção mais cara, peças difíceis de encontrar ou baixo volume de circulação acabam sendo menos interessantes para o comércio ilegal. Afinal, se não há demanda, não vale o risco.
Outro ponto que pesa é a tecnologia. Modelos com rastreador de fábrica, travas reforçadas e sistemas de alarme mais sensíveis tendem a espantar a ação criminosa logo nos primeiros minutos.
E tem mais: carros com visual discreto e que não fazem parte das “modas automotivas” costumam passar longe da mira, mesmo nos locais com mais ocorrências. Ou seja, não se trata apenas de sorte ou azar. Tem lógica por trás dessa escolha, e saber disso já ajuda bastante na hora de decidir qual carro levar para casa.
Quais os benefícios de um veículo menos visado?
A ideia de ter um carro que não chama atenção dos ladrões vai muito além da sensação de segurança. Existem benefícios práticos que fazem diferença no bolso e no dia a dia, principalmente quando o assunto é seguro.
Em geral, veículos menos visados apresentam um custo de proteção mais acessível. Isso acontece porque o risco de furto ou roubo é um dos fatores que mais pesam na hora de calcular o valor da apólice. Se o modelo tem baixa incidência de furtos, o preço do seguro tende a acompanhar esse comportamento.
Outro ponto importante é a tranquilidade. Saber que o carro está fora das estatísticas mais críticas ajuda a dirigir com menos preocupação, especialmente em locais movimentados ou horários mais vulneráveis.
E quando chega o momento de vender ou trocar, esse histórico também pode influenciar na aceitação do veículo e até nas propostas recebidas. Então, um modelo menos visado não é só uma escolha mais segura, já que pode ser também mais econômica e prática.
Quais os modelos de carro menos visados?
Segundo dados do Índice de Veículos Roubados (IVR), divulgados pela Susep, alguns modelos têm se destacado por apresentarem os menores índices de roubo a cada 100 mil veículos segurados no Brasil em 2025.
Esses dados ajudam a entender o comportamento do mercado e também o olhar dos criminosos, que costumam priorizar carros com maior procura por peças ou facilidade de revenda. Os modelos que aparecem com melhores resultados no levantamento indicam um risco menor de subtração e, por isso, são boas opções para quem busca mais tranquilidade.
Confira a seguir quais são os carros que menos chamam atenção dos ladrões, segundo o IVR da Susep e observações regionais:
1. Toyota Corolla Cross;
2. Chevrolet Tracker;
3. Honda HR-V;
4. Jeep Compass;
5. Volkswagen T-Cross;
6. Toyota Yaris;
7. Hyundai Creta;
8. Fiat Cronos;
9. Renault Logan;
10. Nissan Versa.
Esses modelos lideram a lista com os menores índices de roubo registrados nacionalmente. Mas há outros nomes que também aparecem com bons resultados, especialmente em análises regionais ou em estudos complementares:
11. Fiat Cinquecento;
12. Chevrolet Spin;
13. Renault Captur;
14. Volkswagen Saveiro;
15. Fiat Strada;
16. KIA Picanto;
17. Chevrolet Montana;
18. Jeep Renegade;
19. Toyota Etios;
20. Hyundai HB20S.
Mesmo com perfis diferentes. entre SUVs, hatches, sedãs e utilitários, todos esses modelos compartilham uma característica em comum: são pouco atrativos para ações criminosas, o que ajuda bastante na rotina de quem dirige.
Como aumentar ainda mais a segurança do veículo?
Mesmo escolhendo um carro com baixa incidência de roubo, sempre dá para reforçar ainda mais a proteção. A verdade é que nenhum veículo está completamente livre de riscos, principalmente em regiões com alto número de furtos ou em situações mais vulneráveis, como estacionamentos abertos e ruas pouco movimentadas.
O lado bom é que existem medidas simples e eficazes que ajudam a afastar tentativas de roubo. E o melhor: muitas delas não exigem grandes investimentos, só atenção nos hábitos do dia a dia e algumas escolhas pontuais.
Veja algumas ações que contribuem para aumentar a segurança do seu veículo:
- estacione sempre em locais iluminados e com movimento;
- evite deixar objetos à vista dentro do carro, mesmo que não tenham valor;
- instale travas extras, alarmes e bloqueadores, se o modelo não tiver de fábrica;
- considere colocar um rastreador veicular. Aliás, muitos seguros oferecem descontos com esse item;
- mantenha os vidros sempre fechados em paradas curtas, como no trânsito;
- em regiões mais críticas, use também a película de segurança nas janelas.
O que ajuda a afastar as tentativas de roubo?
Quando um criminoso avalia se vale ou não a pena tentar roubar um carro, ele observa vários detalhes em segundos. E são justamente esses detalhes que podem desestimular a ação logo no início. Mais do que equipamentos, certos aspectos do próprio veículo ou da forma como ele é usado podem afastar as tentativas antes mesmo de acontecerem.
Não se trata apenas de proteção física. Muitas vezes, o que pesa é o risco percebido. Quanto maior o esforço ou a possibilidade de ser pego, menor o interesse do ladrão. Abaixo, veja o que costuma funcionar como barreira para esse tipo de abordagem:
- modelos com presença forte de tecnologia antifurto, como imobilizadores ou sensores de movimento;
- carros com menor valor de mercado para revenda de peças ou com manutenção mais restrita;
- baixa procura no mercado paralelo, pois veículos com pouca circulação têm menos demanda ilegal;
- itens visíveis de proteção, como travas externas ou luzes indicativas de alarme;
- adesivos de monitoramento ou seguradoras, que inibem ações rápidas;
- placas bem afixadas e sem sinais de descuido, o que pode indicar rastreamento.
Escolher bem o carro também é uma forma de proteção
Nem sempre dá para controlar tudo, mas algumas decisões tornam a rotina mais segura; e a escolha do carro entra nessa conta. Optar por modelos de carros menos visados para roubo pode evitar dores de cabeça e ainda trazer vantagens no uso diário. Não se trata de paranoia, e sim de atenção aos detalhes que fazem diferença de verdade.
Cada item que ajuda a afastar o risco não é apenas um extra: é um cuidado a mais com o seu tempo, seu dinheiro e sua tranquilidade. E, se por um lado já sabemos quais modelos costumam ficar fora da mira, entender quais são os que mais sofrem esse tipo de crime também ajuda a enxergar o outro lado da história.
Quer saber quais são os modelos que mais aparecem nas estatísticas de roubo? Veja a lista completa no próximo post.